Cinco anos depois de ter sido apresentado, a berlina e a carrinha Peugeot 508 recebem um restyling que alinha o estilo pelo dos mais recentes modelos da marca. Além disso, a gama passa a ter também uma outra versão PHEV, para piscar o olho às empresas, que ainda vão sendo as grandes salvadoras dos não-SUV.
Quando foi lançado em 2018, o Peugeot 508 destacou-se pelo desenho muito elegante e sofisticado, tanto na versão berlina como na carrinha. Linhas simples, mas de bom gosto e um perfil baixo, conseguido com a dispendiosa solução dos vidros de portas sem aros. Quase uma berlina coupé, quase uma shooting brake.
A qualidade do desenho, da autoria de Gilles Vidal que entretanto se transferiu para a concorrência, avalia-se nestas alturas. Olhando para o 508, não me parece nada que já passaram cinco anos desde a primeira vez que o ví.
Estava na altura
Mas os ciclos de produto na Europa são assim mesmo, quando um modelo se aproxima do último terço da sua carreira, é tradição redesenhar alguma coisa para o refrescar e preparar para o sprint final.
No caso do 508, a evolução do desenho tem sido tão rápida que o 508 já precisava de ser alinhado com os outros modelos mais recentes, já todos dotados daquilo a que a marca chamou no início a “grelha infinita”, por não ser delimitada por nenhum arco, fundindo-se com o resto da frente.
Frente renovada
Além disso, o 508 recebeu também o novo símbolo da marca, inspirado em edições antigas do emblema da Peugeot. Tem também uma interpretação das tradicionais três garras do leão, com função de luzes de dia. Os faróis passam a ter matriz de LED e os para-choques foram redesenhados, bem como a coleção de jantes disponíveis.
No interior, a grande novidade é o sistema de infotainment igual ao estreado no 308 e também usado pelo 408, com monitor de 10”, mais fácil de ler e mais fácil de operar. Tem os excelentes atalhos táteis configuráveis em rodapé, que facilitam imenso a interação quando se vai a conduzir.
Mais equipamento
Há novos revestimentos interiores e um comando de caixa simplificado. O equipamento foi reforçado, bem como a lista de opcionais.
Sistemas como “night vision” e a condução semi-autónoma de nível 2 estão disponíveis, bem como suspensão com amortecimento adaptativo em três níveis.
PHEV de 180 cv
A outra novidade é a disponibilidade pela primeira vez da motorização híbrida “plug-in” de 180 cv, com a caixa automática de oito velocidades. Uma opção que já existe noutros modelos da marca e que no 508 tem por missão captar mais clientes entre as empresas.
A gama é assim composta por três PHEV, de 180 cv, 226 cv e o desportivo 508 PSE de 360 cv e 520 Nm, além da motorização 1.5 BlueHDI Diesel de 130 cv, também com caixa automática.
Os preços
Os níveis de equipamento disponíveis são o Allure, GT e PSE. Um 1.5 BlueHDI Allure tem preços a partir dos 45 000 euros.
Quanto ao PHEV de 180 cv, o preço é de 52 015 euros e o 508 PSE custa 70 265 euros. A carrinha custa mais 1600 euros que a berlina.
Conclusão
As encomendas já abriram e as primeiras entregas vão acontecer em junho. O 508 é das poucas berlinas/carrinha produzidas por marcas generalistas que sobrevivem no segmento D, dominado pelos SUV, tendo liderado este segmento em decrescimento durante 2022, no nosso país.
Francisco Mota
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